Fiquem com Deus e até a próxima!
Zero Hora, com grande constrangimento, foi obrigada a contar aos seus leitores e com 15 anos de atraso, as ligações do PT e dos comunistas brasileiros com o narco-tráfico e a guerrilha comunista das FARC. Cheio de condicionais, supostos e supostamentes, Zero Hora teve que revelar o óbvio, o que até as galinhas sabem: o promíscuo, íntimo e caloroso afeto que as esquerdas brasileiras têm pela guerrilha comunista latino-americana. Não se trata de flerte como insinua Humberto Trezzi, é amor mesmo, e antigo!
Mas ainda continua defendendo o regime de esquerda acentuando frases mentirosas no dia do grande constrangimento. Por exemplo, o PT e as esquerdas brasileiras (PSOL, PSTU, PPS, PSB, PC do B, e PSDB) nunca condenaram as FARC e as chamaram pelo nome - terroristas; Lula chamava o governo Alvaro Uribe de terrorismo de Estado. Já esqueceram isso também? Marco Aurélio Garcia nega a sua própria existência, pois sua função precípua no goveno Lula é servir como embaixador do Foro de São Paulo, dos qual as FARC são o braço armado e violento.
A mentira do Direitos Humanos para companheiros guerrilheiros tem que ser revelada agora. O que é o CONARE (Comite Nacional para Refugiados) senão um ninho de comunistas de plantão para livrar o rabo de comunistas pegos em encrencas? E o STF não sabia disso? Arthur Virgílio e Heloisa Helena do PSOL não sabiam disso? E a Dilma Roussef, ainda é candidata preferida do Foro de São Paulo? Se depender da Mona e da Tilica, ela é mesmo!
Mas Zero Hora, bem ou mal, parcialmente revelou o que já sabíamos há anos, embora a íntegra da revista “Cambio” só tenha saído (por enquanto) na edição eletrônica do jornal. Quem sabe no domingo, no segundo caderno, ou ainda entre os classificados?
A propósito, morreu mais uma múmia comunista e stalinista de Brasilila. Ô mortezinha bem recebida para disfarçar o constrangimento de se estar ao lado dos apoiadores do narco-tráfico e dos mantenedores da campo de concentração na selva! Silêncio obsequioso em lugar de “grande constrangimento” seria uma expressão pouco adequada. Acho que é luto mesmo!Tomara que chegue logo as Olimpíadas Totalitárias de Pequim!
****
OS LAÇOS BRASIL-FARC
Recebi um representante das FARC no gabinete
Entrevista: Rui Portanova, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul
O desembargador gaúcho Rui Portanova, 58 anos, se define como “homem de esquerda” e se tornou conhecido como um dos expoentes da chamada Justiça Alternativa. O magistrado soube ontem por Zero Hora que mensagem das FARC o aponta como “amigo nosso” e não demonstrou surpresa.
- Mantive contato durante meses com eles, por e-mail. Tinha curiosidade por saber como vivem - justifica Portanova.
Uma resposta de acordo com a biografia de Portanova, famoso por decisões favoráveis ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Em 2003, em palestra no Fórum Social Mundial, disse que os juízes só marginalizam os movimentos sociais se quiserem, “porque não faltam leis para promover a justiça social”. Em 2004, assinou um manifesto de intelectuais brasileiros intitulado “Se fôssemos venezuelanos votaríamos em Hugo Chávez”. O abaixo-assinado, defendendo a reeleição do venezuelano, é endossado por líderes de esquerda como João Pedro Stédile, líder do MST.
Nesta entrevista, por telefone, o desembargador relatou como e porque se relacionou com integrantes das FARC:
Zero Hora - Como começou seu contato com as FARC?
Rui Portanova - Foi quando o governador Olívio Dutra (PT) recebeu no Palácio Piratini um representante das FARC (Hernán Ramírez, em 1999). Pediram contato com algum juiz de esquerda, sobrou para mim. (Risos). Sempre fui conhecido como alternativo, apesar de não ter vínculos com partidos. Afinal, sou juiz. Recebi o sujeito no meu gabinete no tribunal. Perguntei a ele como estavam, como viviam na selva, se tinha como ir. Disse que conhecia bem os acampamentos do MST...
ZH - O senhor se ofereceu para conhecer os acampamentos da guerrilha?
Portanova - Sim, sim. Queria ver como sobrevivem. Como eu tinha algumas milhagens de avião sobrando, me ofereci para bancar a própria viagem. Aí mantive contatos por e-mail, durante meses. Quando estava para sair a viagem, deu um problema de data, não lembro bem. Acabei nunca indo. Fiquei com um pouco de medo, para ser sincero. O revolucionário brasileiro e gaúcho aqui, que chamam de juiz comunista, acabou se borrando todo, tchê. (Risos).
ZH - Por quê?
Portanova - A coisa não estava boa por lá. A tal “zona liberada” tinha acabado. Aí não fui. Mais uma que perdi. Outro foi o Chávez, por quem assinei um manifesto em favor da reeleição. Ele esteve em Porto Alegre e até recebi convite para almoçar com El Gran Comandante. Mas aí estava na praia. Acabei não vendo o grande comandante.
ZH - O senhor acha normal um desembargador brasileiro manter contatos com uma guerrilha? O senhor contribuiu com dinheiro para as Farc?
Portanova - Acho normal, foi por curiosidade. Não contribuí com dinheiro, apesar de muito juiz de direita contribuir com deputados por aí.
****
Selvino Heck explica contato do governo com as FARC
Relação se resumiu a medida para transferência de prisão de representante da guerrilha no Brasil, diz assessor
O assessor da Presidência da República Selvino Heck explicou na manhã desta sexta-feira matéria da revista colombiana Cambio sobre suposta relação entre o alto escalão do governo brasileiro e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Heck concedeu entrevista ao programa “Atualidade”, da Rádio Gaúcha. Segundo ele, a maior proximidade que houve entre o governo e a guerrilha colombiana foi o contato de entidades de direitos humanos sobre as condições de detenção do padre colombiano Olivério Medina, considerado o representante das FARC no Brasil.
— Foi apenas um gesto de apoio a um preso — salientou.
A Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) recebeu denúncia da Cruz Vermelha e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a respeito de Medina estar detido no Presídio da Papuda, em Brasília, em meio a traficantes e outros criminosos (E ele o que é, um anjo? Uma vestal imaculada?). As entidades queriam que o padre fosse transferido para uma “prisão compatível”, conforme Heck. A seguir, o pedido foi encaminhado pelo assessor e, a seguir, acatado.
Heck afirmou que não tem contato com o padre, atualmente. Disse saber somente que Medina está em Brasília e teria pedido naturalização. O governo da Colômbia pedia sua extradição, mas ela foi negada pela Justiça brasileira, de acordo com Heck.
Outros setores do governo brasileiro também negaram ter relações com as FARC. A assessoria do Ministério das Relações Exteriores informou que o ministro Celso Amorim não teve contato com representantes das FARC, como aponta a revista, de acordo com o site G1. Já o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, classificou a reportagem de “fantasiosa”.
A revista afirma que teve acesso a e-mails do guerrilheiro Raúl Reyes, tido como porta-voz das FARC e morto pelo exército colombiano em março. Nas mensagens, estariam mencionados “cinco ministros, um procurador-geral, um assessor especial da Presidência, um vice-ministro, cinco deputados, um vereador e um juiz superior” brasileiros.
****
Brasil-Farc: citação do desembargador gaúcho provoca reação cautelosa no Judiciário
Para presidente da Ajuris, opiniões devem ser respeitadas
Humberto Trezzi
A citação do desembargador gaúcho Rui Portanova na reportagem que aponta conexões das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) no Brasil provocou reação cautelosa de seus colegas no Judiciário.
Procurado por Zero Hora, o Tribunal de Justiça do Estado, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que não se manifestaria sobre o caso por avaliar que se trata de tema de foro íntimo. O silêncio se repetiu na Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Apenas o presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), Carlos Marchionatti, aceitou se posicionar sobre a proximidade de Portanova com os guerrilheiros. Segundo ele, cada brasileiro tem o direito de ter opinião e ideologia, o que, para ele, deve ser respeitado.
— Como presidente da Ajuris, reafirmo que nossa Constituição promove a solução pacífica de conflitos. A situação da Colômbia deve ser resolvida pelo povo colombiano — afirmou Marchionatti. (Sentando confortavelmente em cima do muro!)
Um desembargador aposentado e amigo de Portanova se mostrou surpreendido com os contatos do magistrado com os representantes das FARC. Ele afirma que Portanova é um profissional respeitado nacionalmente por suas posições favoráveis a um Judiciário mais sensível às questões sociais.
— É considerado um magistrado extraordinário e avançado.
****
O flerte da guerrilha com o Planalto (flerte ou amor?)
Uma constelação de integrantes do governo brasileiro e do PT tem mantido diálogos freqüentes com a maior guerrilha colombiana, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Quem afirma é a revista semanal colombiana Cambio, em edição que chegou às bancas ontem. As conversas incluem promessas de intermediação para que os guerrilheiros consigam status diplomático.
Em reportagem de capa intitulada “Dossiê Brasil”/em>, o semanário Cambio divulga trechos do que seriam 85 e-mails trocados entre Raúl Reyes, ex-porta-voz internacional das FARC, e outros integrantes da guerrilha. Entre esses, Francisco Antonio Cadena Collazos, conhecido como padre Olivério Medina ou Cura Camilo (Padre Camilo), que atua como delegado das FARC no Brasil. As conversas, supostamente encontradas num laptop pertencente a Reyes, mencionam integrantes do PT e até Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Cambio ressalva que “nenhum dos funcionários brasileiros enviou mensagens a algum dos membros do grupo guerrilheiro” e considera os e-mails “apenas indícios” de um possível comprometimento do governo Lula com as FARC. Os e-mails teriam sido localizados pelos militares que mataram Reyes, membro do secretariado-geral das FARC. As mensagens foram trocadas entre fevereiro de 1999 e fevereiro de 2008.
Reyes - cujo nome verdadeiro era Luis Edgar Devia e que foi morto por tropas colombianas em solo equatoriano, em 1º de março - menciona nos e-mails “cinco ministros, um procurador-geral, um assessor especial da Presidência, um vice-ministro (secretário-geral de ministério), cinco deputados, um vereador e um desembargador brasileiros”, contabiliza a revista.
O desembargador é o gaúcho Rui Portanova, que atua na 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça. Conforme a revista, em 19 de abril de 2001 um integrante das FARC de codinome Mauricio Malverde informa, por e-mail, a Reyes que “o juiz superior Rui Portanova, amigo nosso, nos solicitou que deseja ir aos acampamentos para receber instrução e conhecer a vida das FARC. Custeia sua viagem”. O desembargador confirma que se ofereceu para conhecer as FARC.
Portanova não é o único rio-grandense mencionado nos supostos e-mails. Nas mensagens, Medina afirma ter mantido contatos com o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e o assessor presidencial Selvino Heck, ambos gaúchos e ligados ao PT. Sobre Garcia, um dos e-mails de Medina a Reyes, sem data conhecida, afirma: “Estive falando com a deputada federal Maria José Maninha. Acertamos que ela vai me abrir caminho rumo ao Presidente, via Marco Aurelio García”.
Em outro e-mail, de 23 de fevereiro de 2007, Medina informa a Reyes: “É possível que me visite um assessor de Lula, chamado Selvino Heck, que junto com Gilberto Carvalho tem sido outro que tem nos ajudado bastante”.
Medina, autor da maioria dos e-mails enviados a Reyes desde o Brasil, foi preso em São Paulo em agosto de 2005. Vivia em território brasileiro havia oito anos e foi beneficiado com uma proteção especial, por ser casado com uma brasileira. Em 2006, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) concedeu a ele o status de refugiado, decisão que pesou bastante para o Supremo Tribunal Federal (STF) negar seu pedido de extradição para a Colômbia.
Entre os interlocutores de Medina, segundo a revista Cambio, estariam o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, a deputada distrital brasiliense Erika Kokay (PT), além de Gilberto Carvalho. Também são mencionados nos e-mails o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, o secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e o subsecretário de Direitos Humanos, Perly Cipriano.
Assessor de Lula condenou métodos de guerrilheiros
Algumas mensagens foram escritas durante as negociações de paz, que resultaram na criação - 1998 e 2002 - de uma área de 42 mil quilômetros quadrados liberada para atuação da guerrilha, em San Vicente del Caguán. Os guerrilheiros recebiam ali simpatizantes de vários países.
Entre os que moravam na “zona liberada” estavam o líder máximo das FARC, “Manuel Marulanda” ou “Tirofijo”, que foi morto em março deste ano. E o chefe militar das Farc, “Mono Jojoy”, cujo nome verdadeiro é Jorge Briceños.
A reportagem diz que as mensagens “revelam a importância do Brasil na agenda externa das FARC”. A revista diz que a guerrilha aproveitou a chegada de Lula e do influente PT ao poder “para alcançar as mais altas esferas do governo” (Isto aqui é puro desconhecimento da revista, pois Lula e o PT mantinham relações siamesas com estes terroristas, através do Foro de São Paulo há 18 anos. Portanto, não precisavam nem de intermediários, nem de burocracias para se aproximar de quem sempre foi íntimo).
Em depoimento em abril à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, Garcia disse repudiar os métodos usados pelas FARC, como seqüestros, ataques terroristas e uso de dinheiro do narcotráfico. Garcia classificou como “fantasiosa” a reportagem, mas não negou o conteúdo das mensagens.
HUMBERTO TREZI - humberto.trezzi@zerohora.com.br
Comentários: G. Salgueiro e Carlos Reis