sábado, 1 de dezembro de 2007

O Notalatina faz uma Edição Extraordinária para dar conhecimento de um pronunciamento urgente de Fuerza Solidaria à Comunidade Internacional. É possível que mais tarde tenhamos outro boletim, com as últimas informações sobre o que está ocorrendo na Venezuela hoje, poucas horas antes do referendum sobre a modificação da atual Constituição.


Peço àqueles que crêem em Deus que orem pela Venezuela, porque o que se avizinha é terrível e de alguma maneira, mais cedo ou mais tarde, irá nos atingir. Fiquem com Deus e até a próxima!


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MENSAGEM URGENTE À COMUNIDADE INTERNACIONAL


CHÁVEZ PREPARA UM NOVO MASSACRE


Caracas, 1 de dezembro – Faltando poucas horas para a realização de um referendum, que pretende modificar ilegalmente a Constituição, escrevo esta mensagem à comunidade internacional, para advertir que o senhor Hugo Chávez prepara um massacre contra a população civil desarmada. Os fatos são os seguintes:


1. A consulta eleitoral que se realizará amanhã é inconstitucional, porque pretende reformar a fundo o Estado mediante um referendum, e não através de uma Assembléia Nacional Constituinte, como está previsto na Carta Magna vigente.


2. A reforma que o senhor Chávez propõe converte a Venezuela – uma nação livre e democrática – em um país comunista, idêntico a Cuba.


3. Todas as pesquisas outorgam um triunfo arrasador à opção pelo NÃO, o que vale dizer que a imensa maioria dos venezuelanos rechaça a mal chamada reforma.


4. Entretanto, o regime venezuelano pretende impor o triunfo do SIM, mediante uma massiva fraude eleitoral já preparada, para a qual se prestou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Os meios de comunicação estão bem informados a respeito, porém não se atrevem a dizer a verdade por temor de serem reprimidos, como ocorreu com a RCTV. Do mesmo modo ocorre com a maioria dos dirigentes opositores, que foram ameaçados para aceitar o falso resultado eleitoral.


5. Se o povo decidir sair pacificamente às ruas, para defender sua vontade soberana, o Regime pretende reprimi-lo com o uso das armas, para que aceite a sangue e fogo o falso resultado eleitoral. Posteriormente, o Regime justificará o massacre, alegando com mentiras que se tratava de um golpe de Estado, flagrado nos Estados Unidos.


Ontem à noite, por motivo de encerramento da campanha, o próprio Chávez ameaçou empunhar as armas para reprimir o povo e fechar os meios de comunicação, caso não se reconhecesse o triunfo do SIM. Pouco antes, o Alto Comando Militar ameaçou publicamente em reprimir a população.


7. Chávez está disposto a tudo para se manter indefinidamente no poder, impor seu projeto totalitário na Venezuela e controlar sem impedimentos os recursos do Estado, a fim de exportar seu modelo à toda a América Latina e “incendiar” todo o Continente, como denunciou o presidente Uribe.


8. Em que pese as ameaças, é previsível que o povo saia à ruas. Todavia, nem todos os militares se prestarão a cometer delitos de Lesa-Humanidade pelo qual se produzirá uma ruptura dentro das Forças Armadas. Existe um enorme descontentamento militar pela reforma e pela evidente aliança que há entre Chávez e as FARC, bando terrorista e narco-traficante que comete crimes não apenas na Colômbia, mas também na Venezuela.


Escrevo esta mensagem urgente para tratar de evitar uma tragédia, incitando a que se utilizem todos os canais diplomáticos para convencer o regime venezuelano a respeitar a vontade popular.


Aproveito a oportunidade para informar que – para tratar de calar-me – o Regime empreendeu uma massiva campanha de desprestígio contra mim, baseada em calúnias e mentiras, ao mesmo tempo que sou objeto de uma feroz perseguição policial e judicial. Minha vida, assim como a de meus familiares e colaboradores, corre perigo. Entretanto, penso continuar alertando sobre a realidade venezuelana, a fim de impedir a todo custo que se consolide uma ditadura castro-comunista em nosso país.


Alejandro Peña Esclusa
Presidente de Fuerza Solidaria
info@fuerzasolidaria.org

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Informação correlata:


1. Vídeo: La masacre del 11 de abril fue planificada
http://www.dailymotion.com/video/x3fhme_la-masacre-del-11-de-abril-fue-plan_news


2. Artigo: Peña Esclusa responde al ministro Jesse Chacón
http://www.fuerzasolidaria.org/WebFS/Noticias/PenaEsclusaRespondeAJesseChacon.html


Tradução e Comentários: G. Salgueiro

sexta-feira, 30 de novembro de 2007






O Notalatina de hoje vai ser dividido em blocos de notícias que aparentemente são isoladas mas que na verdade se conectam. A primeira delas é sobre o Mercosul, depois as interferências de Chávez na Bolívia, as ligações entre Chávez, Lula e as FARC e finalmente, a nota de Human Rights Foundationsobre o líder estudantil Yon Goicoechea, da Universidade Andres Bello da Venezuela que eu citei ontem.

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ARMAS VENEZUELANAS PARA A BOLÍVIA

No dia 26 pp. mais ou menos às 11 h. noite, chegou um estranho carregamento em um avião Hércules com escudo da Venezuela, na cidade boliviana de Trinidad; uma vez aterrizado, desembarcaram do avião 10 caminhões cobertos por uma capa (na foto), ao qual aguardavam militares bolivianos.

Ao serem interrogados sobre a suspeita carga, os militares informaram que tratava-se de “um carregamento de remédios que seria tansferido para o Hospital Militar COSSMIL”. Entretanto, tal carregamento jamais chegou ao hospital, mas se dirigiu ao posto militar que a Venezuela tem na cidade, no setor de Trinidad, onde está sendo construído um dique.

Naquele posto os funcionários da Prefeitura tentaram interrogar os militares que não quiseram mostrar os supostos medicamentos, dizendo que depois dariam um “informe oficial” que não foi feito até o momento. A partir daí, as pessoas começaram a desconfiar de que o tal carregamento secreto poderia ser armas, considerando que Chávez prometeu há mais ou menos um mês – num “Alô Presidente!” feito desde Cuba - defender Morales em qualquer circunstância ameaçadora, afirmando que ante uma possibilidade de conspiração contra o governo de seu kamarada, “se instalaria na Bolívia um Vietnã de metralhadoras”.

Depois dessa declaração e todas as interferências que Chávez vem fazendo na Bolívia, sobretudo financeira, dá pra engolir a estorinha de que 10 caminhões blindados estão carregados de remédios, e mesmo assim não vão para o hospital mas para um posto militar? Comunista adora subjugar a inteligência alheia...

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BRASIL, CHÁVEZ E O MERCOSUL


Num artigo que escrevi semana passada intitulado Chávez e o Mercosul, fiz pesadas críticas ao presidente da Câmara Venezuelana-Brasileira de Comércio e Indústria, sr. José Francisco Marcondes, por su preocupação em que os parlamentares NÃO aprovassem a entrada de Chávez no Mercosul. Hoje, recebo uma matéria do site Unionradio.Net dando conta de que empresários brasileiros pedem ao Congresso que parem os trâmites para a entrada da Venezuela no Mercosul, refletindo a mesma preocupação na denúncia que este blog fez no dia 27 passado, quando Chávez ameaçou a Fedecâmaras de “expropriá-la” caso seus membro continuassem com a campanha pelo “Não”.

Segundo um comunicado da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), assinada por seu presidente Alencar Burti, “Não se pode calar ante a ameaça do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de confiscar empresas afiliadas à Federação de Câmaras e Associações de Produção (FEDECÁMARA) por seu opor à reforma constitucional”. Burti reafirma sua preocupação com essas ameaças na iminência de Chávez ingressar no Mercosul, acrescentando à nota que “causa muitas dúvidas a aceitação de um país cujo dirigente atenta contra aquilo que é a luta do empresariado há mais de 200 anos: a liberdade de empreender” e faz um apelo ao Congresso e ao Governo brasileiros para que “revisem a posição de apoio à Venezuela como membro do Mercosul enquanto perdurem as restrições à liberdade de manifestações e as pressões sobre os que se posicionam contra os interesses do governo desse país”.

Aplausos! Aí está a voz da sensatez e o sr. Burti está repleto de razão, porque Chávez vem ameaçando nacionalizar todas as empresas privadas instaladas no país, sejam elas venezuelanas ou estrangeiras. A ganância em querer manter-se na Venezuela por causa dos petrodólares ainda pode custar muito caro ao empresariado brasileiro, caso sejam aprovadas a reforma constitucional e o ingresso desse país no Mercosul.

Ao lado disso, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim aproveita para fazer proselitismo no México, onde esteve terça-feira passada, afirmando que “a Venezuela é um país irmão, amigo e é aliado do Brasil como é o México e a Colômbia, e com o qual mantemos a melhor relação”.

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LULA – CHÁVEZ – FARC- REFERENDUM

Hoje de manhã logo cedo, assisti pela CNN uma reportagem em que anunciava-se que as Forças de Segurança colombianas haviam capturado alguns elementos das FARC e que com eles havia três vídeos com as provas de que a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt está viva, e que pode-se ver aqui: Vídeo das FARCmostra Ingrid Betancourt e outro sequestrados com vida.

Não demorou muito e ainda de manhã recebi do site Urgente24 uma matéria com este título: Brasil mete a mão: Se oferece como mediador entre a Venezuela e a Colômbia. Sei que muita gente vai achar que sou azeda e que não acredito que possa haver boas intenções por parte deste Governo. Azeda não sou não mas, quanto a acreditar em comunistas, é impossívelpois mentir é palavra de ordem e quando uma atitude parece boa, atrás dela há uma montanha de intenções espúrias ou contrárias ao que parece afirmar.

O site insinua, mas eu AFIRMO, que por trás da generosidade em intermediar a cisão havida entre Chávez e Uribe há um desejo inconfessado de, mais uma vez, apoiar Chávez em seus referendos e eleições, como sempre fez o sr. da Silva. Cabe aqui recordar que mal havia acabado de ser eleito em 2002, Lula enviou um navio com gasolina à Venezuela para suprir as deficiências causadas àquele país com a greve dos petroleiros da PDVSA, causando a demissão sumária de 22.000 trabalhadores especializados. Depois, no referendo de 2004, Lula deu seu aval à “lisura e transparência” do pleito, quando o mundo inteiro sabe, e há fartas provas, de que houve fraude. No ano passado Lula esteve com Chávez na inauguração da ponte sobre o rio Orinoco e, naquela oportunidade, teve o descaramento de dizer que “se fosse venezuelano votava em Chávez”, fazendo uma desavergonhada campanha que culminaria com a vitória fraudulenta deste psicopata assassino em dezembro passado, além de ter apoiado o fechamento da RCTV em maio deste ano.

Por outro lado, não há nada que garanta que essas provas não foram deixadas “fácil”, justamente para desmoralizar Uribe e salvar a pele de Chávez que até então não havia apresentado um fio de cabelo dos reféns, mostrando que o errado nessa destituição da intermediação foi Uribe. Não podemos esquecer que Chávez, Lula e as FARC são PARCEIROS E ALIADOS no Foro de São Paulo e que estão juntos para apoiar Chávez nesse referendum de domingo, tanto que, como denunciei dias atrás aqui, Rodrigo Granda tem pronta sua cédula de identidade venezuelana para votar pelo “sim”.

Lula levou toda esta semana reiterando o “excesso de democracia” que existe na Venezuela e que é necessário “respeitar a autodeterminação dos povos”, referendando um regime autocrático, totalitário e que quer implantar uma ditadura copiada da cubana. Em relação ao referendum de domingo Lula disse que “é essencial respeitar a soberania da Venezuela”, que “o plebiscito pode ser favorável (a Chávez) e será um resultado democrático. E se for desfavorável, também. O importante é ser transparente”, SABENDO que “transparência”, “lisura” e “respeito” às decisões da população são três palavras que não existem no vocabulário de Chávez, cujas ações malignas e criminosas ele sempre deu seu apoio incondicional. Mas a imprensa brasileira, companheira de viagem, mesmo assim continua a chamá-lo de “neoliberal” e os estrangeiros a achá-lo um “democrata de direita”.

E para concluir esta edição de hoje, reproduzo abaixo um pronunciamento feito dia 28 pp. pela organização de Direitos Humanos Human Rights Foundation, em relação à proteção do líder estudantil venezuelano Yon Goicoechea (na foto), perseguido, ameaçado e espancado por ordem do governo “excessivamente democrático” de Hugo Chávez, apresentando com exclusividade este vídeo “Caracas Nine - Spanish Version”, de produção da HRF. Fiquem com Deus e até a próxima!

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A HUMAN RIGHTS FOUNDATION SE PRONUNCIA PELA PROTEÇÃO DO LÍDER DO MOVIMENTO ESTUDANTIL NA VENEZUELA. YON GOICOECHEA É O DISSIDENTE Nº 2 DOS CARACAS NINE


Caracas, Venezuela – Yon Goicoechea, o líder do movimento estudantil venezuelano, tem resistido a inúmeros ataques por parte dos partidários do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez Frías, e do uso excessivo da força pública pelos corpos de segurança do Estado durante os protestos estudantis.

A Human Rights Foundation publica hoje um informe completo acerca das violações de direitos humanos a Yon Goicoechea e ao movimento estudantil que o respalda. O caso de Goicoechea é o segundo dos nove que conformam o Projeto Caracas Nine (http://www.caracasnine.com/).

Caracas Nine tem como finalidade dar a conhecer ao mundo as pessoas que são vítimas de perseguição pelo governo venezuelano, ao fazer uso do direito a manifestar suas idéias dissidentes. Os Nove são apenas casos emblemáticos de um grande número.

O movimento estudantil é uma organização independente que tem chamado à reconciliação nacional e que tem como bandeira a não-violência. É formado por estudantes provenientes das principais universidades da Venezuela e tem se mantido constante na realização de inúmeras marchas e protestos pacíficos em nível nacional.

Os protestos estudantis estão enfocados na defesa dos direitos humanos, principalmente do direito à liberdade de expressão e de reunião, bem como contra a Reforma Constitucional proposta pelo Presidente Hugo Chávez.

Yon Goicoechea erigiu-se no líder do movimento estudantil em defesa dos valores democráticos. Junto a outros líderes estudantis torna-se conhecido em finais de maio de 2007, quando o Presidente da Venezuela ordenou ao governo não renovar a concessão ao canal de televisão RCTV, o qual provocou inúmeros protestos em nível nacional.

Ao redor dos estudantes dissidentes circula um clima de hostilidade, produto principalmente dos ataques verbais provenientes em sua maioria do Presidente Chávez e demais representantes dos mais altos cargos do governo, em distintas intervenções públicas. Constantemente são apelidados de “fascistas”, “inimigos da pátria”, “títeres do império” e “colaboradores da ultra-direita”, entre outros qualificativos pejorativos.

Um elevado número de estudantes que ascende a mais de duzentos, foram detidos e presos desde que os protestos começaram no mês de maio. São altos os índices de feridos e lesionados. Fotógrafos provenientes de diversas agências de imprensa internacionais conseguiram capturar as imagens de violência que tem sido utilizada contra os estudantes dissidentes desde princípios de novembro.

Mas, além da violência contra Goicoechea e o movimento estudantil, as quais resultaram até em lesões físicas, os corpos de segurança do Estado têm usado substâncias tóxicas em repressão às manifestações pacíficas, as quais estão proibidas, tanto pelos tratados internacionais como pela Constituição venezuelana.

Goicoechea e sua família têm sido objeto de ameaças e perseguições diariamente. Goicoechea expressou à HRF sua grande preocupação por sua integridade pessoal e a de sua família, assim como pela possiblidade de ser acusado falsamente pela Procuradoria Geral – uma tática indevida que foi previamente usada pelo governo venezuelano para calar a dissidência.

A Human Rights Foundation pede proteção para Yon Goicoechea, sua família, o Movimento Estudantil e a todos os que manifestam pacificamente em exercício legítimo de seu direito humano consagrado, tanto pela Constituição venezuelana, quanto pelos Tratados Internacionais dos quais a Venezuela é parte.

A Human Rights Foundation (HRF) é uma organização Internacional, apolitical, dedicada a defender os direitos humanos no continente americano. A Fundação centra seu trabalho nos conceitos entrelaçados de auto-determinação e liberdade. Estes ideais encontram sua mais alta expressão na crença de que todos os seres humanos têm direito à liberdade de expressão, de associação com pessoas de idéias afins. As pessoas que vivem em uma sociedade livre devem ter, do mesmo modo, a oportunida de participar dos assuntos públicos de seu país. Da mesma forma, os ideais da HRF estão determinados pela convicção de que todos os seres humanos têm o direito a estar livres de detenções ou exílios arbitrários, de escravidão e tortura, e da interferência e coerção em assuntos de consciência. O Conselho Internacional da HRF está constituído por indivíduos que foram presos de consciência como Vladimir Bukovsky, Palden Gyatso, Armando Valladares, Ramón J. Velásquez, Elie Wiesel e Harry Wu.

Comentários e Traduções: G. Salgueiro

quinta-feira, 29 de novembro de 2007







Na edição de ontem o Notalatina demonstrou, através dos vários e sucessivos episódios, que o ditador Chávez está em surto psicótico agudo e quanto mais tenta sair do atoleiro em que se meteu – voluntariamente – mais afunda e é tragado pela areia movediça. Sua perseguição (e paranóia de que o estão perseguindo e planejando um magnicídio) aos que se lhe opõem perdeu completamente o freio, a ponto de um articulista ter sugerido que o pusessem numa jaula. É o que deve ser feito com urgência, penso eu.


Não tem escapado ninguém de sua metralhadora giratória. Ontem sobrou para a emissora de televisão CNN em Espanhol, por uma falha técnica ocorrida durante o programa “Encuentros”, do âncora Daniel Viotto. Ele relatava o assassinato de um jovem jogador de futebol americano, Sean Taylor, mas os técnicos puseram as imagens de Uribe e Chávez, quando o repórter fazia a pergunta: “quem o matou?”. O erro foi corrigido imediatamente – eu vi a falha, pois costumo assistir o programa – com o pedido de desculpas de Viotto, informando que as imagens haviam sido trocadas.


Tomado de ira, mesmo depois de a CNN ter-se desculpado pela falha, Chávez criou o maior alvoroço dizendo que aquilo fora uma “instigação ao magnicídio por parte de um canal de direita do fascismo” e que “começou a operação de guerra psicológica da qual faz parte e desinformação da CNN”. Acrescentou ainda: “Peço à Procuradoria que comece a estudar a possiblidade de processar a CNN por instigação ao magnicídio na Venezuela. Eles terão que explicar por que puseram durante 7 segundos meu rosto e ‘quem o matou?’ perante o mundo”.


Na sua loucura, Chávez acredita piamente que pode subjugar o mundo inteiro aos seus caprichos de menino sem educação e voluntarioso. Dias atrás ele havia agredido verbalmente padres e bispos da Conferência Episcopal Venezuelana - que é o oposto da nossa CNBB, pois segue as normas do Vaticano e os fundamentos da verdadeira Igreja e Cristo. Através da presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, acordou-se aceitar a denúncia interposta pelo bloco do “Sim”, ou seja, das milícias chavistas, contra a Conferência Episcopal Venezuelana à qual será processada administrativamente e proibida a difusão pela Globovisión de um vídeo pelo “Não”.


Dona Tibisay fez referência a “uns grupinhos que têm uma capanhazinha de rumorezinhos (assim mesmo, cheio de diminutivos), que vão construindo os argumentos que necessitam para desconhecer os resultados eleitorais” e pede aos dois blocos que encerrem as campanhas com “o cárater pacífico no qual se desenvolveu a campanha até agora”. Comunista mente por dever de ofiício mas esta fulana abusa da dissonância cognitiva, provado aqui neste blog, através das fotos dos estudantes torturados, além dos inúmeros vídeos que apresentamos desde o começo desta cobertura.


Ora, dona Tibisay, tenha vergonha nessa sua cara, deixe de ser cínica e veja que papel ridículo a senhora está fazendo! A única verdade está nas suas palavras, contrariando o que até mesmo seus olhos, e os olhos do mundo inteiro estão fartos de VER, não é? As imgens de hoje reforçam o que vimos denunciando há tempo; vejam sobretudo a “harmonia e gentileza da Polícia”. Ontem, os estudantes da Universidade Metropolitana, em Caracas, tiveram que correr para escapar dos gases lacrimogêneos que a Polícia lança constantemente impedindo as manifestações opositoras. Na Universidade Andrés Bello os estudantes ficaram sitiados ontem à noite, porque os bandos motorizados chavistas, armados de escopetas, se postaram no portão de saída da universidade impedindo-os de sair.


Acabei de receber um documento da Human Rights Foundation, em que esta respeitável entidade defensora dos direitos humanos se pronuncia pela proteção ao líder estudantil Yon Goicoechea, cujo teor darei conhecimento na edição de amanhã, para desmascarar, mais uma vez, dona Tibisay e toda a ala esquerdopata, inclusive o sr. da Silva, que enxerga excesso de democracia naquele infeliz país.


Chávez tem o hábito de chamar a todos os opositores, venezuelanos ou de outros países, de golpistas mas esquece de olhar o próprio rabo. Neste excelente vídeo “Ele me mentiu” e neste outro “27 de novembro de 1992”, contrario dona Tibisay, seu Lula e o Champolim de Miraflores com FATOS e não com discursinhos de porta de fábrica ou de palanque de beira de estrada. O primeiro vídeo mostra as mentiras prometidas de quando Chávez ainda era candidato em 1998, a miséria reinante por toda a parte da Venezuela e o falso juramento da campanha presidencial do ano passado, cujo mote era “por amor”. E o segundo, mostra o fracassado golpe de 1992, liderado por Chávez – que idealizou, dava as ordens mas não se expôs -, deixando um saldo de 50 mortos e inúmeros feridos. Golpista, assassino e mentiroso, hoje este delinqüente “acusa os outros daquilo que ele fez e faz”, como manda o ideário leninista.


Continuando a desmascarar a farsa deste “show de democracia, paz e harmonia” na campanha pelo referendum, provo aqui, mais uma vez, a perseguição aos que tentam alertar sobre este criminoso GOLPE DE ESTADO que está para ser dado no próximo domingo, como é o caso do meu amigo Alejandro Peña Esclusa, cuja nota trascrevo abaixo. Fiquem com Deus e até amanhã!


Investigam a Peña Esclusa por difundir vídeo


Segundo um cabo da agência cubana de notícias, Prensa Latina, datado de ontem (27) nesta cidade (1), o presidente da Comissão Política Interior da Assembléia Nacional, deputado Tulio Jiménez, solicitou investigar o dirigente político Alejandro Peña Esclusa por difundir um vídeo intitulado “Como impedir a reforma?” que, na opinião de Jiménez, constitui um “chamado à sublevação popular”.


O parlamentar indicou que, com o vídeo, Peña Esclusa “tenta sublevar a população, em um claro esquema de incitação a um delito, muito parecido ao utilizado nos dias anteriores ao golpe (de Estado) de abril de 2002”, pelo qual solicitou a intervenção do Ministério Público.


Chama a atenção a reação tardia do Governo, posto que o vídeo tornou-se público há dois meses e desde então tem circulado massivamente pelas redes de Internet, está disponível em inúmeras páginas web, dentro e fora do país, foi reproduzido integralmente pelo Canal Latino TV de Espanha e em 30 de outubro foi resenhado por um cabo de EFE (2), que foi publicado nos principais jornais latino-americanos.


Peña Esclusa reagiu dizendo: “O Governo está muito assustado. Teme que o povo saia às ruas para protestar contra a fraude que se cometerá em 2 de dezembro. Querem me pôr de bode expiatório, porém isto não freará os protestos”.


“Os responsáveis pelo protesto são os que pretendem impor uma Constituição totalitária, contra a vontade da imensa maioria dos venezuelanos. Os protestos continuarão e, inclusive, se incrementarão, até estender-se por todo o território nacional, não por causa do vídeo, mas porque as pessoas não querem submeter-se ao modelo cubano, nem estão dispostas a que seus filhos sejam doutrinados com as idéias de Che Guevara”, disse.


O vídeo “Como impedir a reforma?” está disponível em nossa página web ou pode-se vê-lo em http://www.youtube.com/watch?v=E_tFMu6_p1Y


(1) Cabo de Prensa latina: http://www.prensalatina.com.mx/article.asp?ID=%7B0158FF69-F6AD-4BC1-9119-44D6474AB7D3%7D


(2) Cabo de EFE: http://actualidad.terra.es/nacional/articulo/llaman_impedir_reforma_constitucional_focos_1973172.htm


Fonte: Fuerza Solidaria


Tradução e comentários: G. Salgueiro








O termômetro continua subindo na Venezuela deixando à mostra o desespero de Chávez para o mundo inteiro. O primeiro sintoma da agudeza desse surto psicótico foi o episódio degradante na Cúpula Iberoamericana ocorrida no Chile, em que foi necessário a intervenção do Rei Juan Carlos de Espanha que vem sendo acusado, por Chávez e seus seguidores, de tê-lo mandado calar-se. Quem disso usa disso cuida, diz o ditado, pois quem MANDA calar-se aos outros, quando lhe dá na telha é Chávez; o rei, perplexo com tanto desrespeito e falta de educação “perguntou” por que ele não se calava, pois a vez de falar era de Zapatero que não conseguia porque era constantemente interrompido pelo rude e sem educação ditador da Venezuela, acostumado às reuniões de seus kamaradas terroristas e criminosos do Foro de São Paulo.


Ainda na mesma cúpula, Chávez entendeu de se meter num assunto que não lhe diz respeito sobre a questão do mar territorial que está sendo reivindicado pela Bolívia ao Chile, causando mais constrangimentos. Porque ele paga as contas do cocalero Morales acha que pode interferir em assuntos de Estado, embora viva apregoando o respeito à “auto-determinação dos povos”. Essa discussão é antiga e vem sendo tratada desde que Morales e Bachelet assumiram a presidência de seus países; Bachelet, com a autoridade que o cargo lhe confere, mandou Chávez recolher-se à sua insignificância mas no Basil não se falou disso. Depois, foi a vez do rei Abdullah, da Arábia Saudita, durante encontro da OPEP que, diante da afirmação de Chávez de que a OPEP “deveria atuar como uma entidade política”, ouviu do rei: “O petróleo é uma energia para o desenvolvimento e não deve ser uma ferramenta para conflitos ou emoções”. Bingo!


E no fim-de-semana passado o presidente Álvaro Uribe, finalmente, conseguiu entender o erro que cometeu em aceitar Chávez como “mediador” entre as FARC e o governo da Colômbia, no acordo humanitário para libertar os reféns seqüestrados há anos por este bando narco-terrorista. O que Chávez pretendeu quando se ofereceu como mediador, na realidade, foi legitimar seus encontros com os chefões daquele bando – que pertence ao Foro de São Paulo juntamente o sr. Lula que é membro fundador e que recusa-se a denominá-los como terroristas por serem parceiros e amigos – com o aval da comunidade internacional sem despertar a mais mínima suspeita.


Chávez foi com muita sede ao pote e teve encontros com Raúl Reyes e Manuel Marulanda “Tirofijo”, descumprindo o acordo feito de que a intermediação não seria através dos “cappos”. Ademais, uma das partes do acordo que era apresentear uma prova concreta de que a franco-colombiana Ingrid Bettancourt, estava viva, não apareceu em momento algum, nem para Uribe nem para Sarkozy, deixando o presidente francês igualmente insatisfeito com sua “atuação”.


Então, no sábado Uribe destituiu Chávez da função, desencadeando a fúria do psicopata que agora posa de vítima e arremete para todos os lados agredindo e acusando todos que não fazem suas vontades. Em comunicados em seu programa “Alô Presidente” Chávez usou, como de costume, impropérios e calúnias contra o presidente da Colômbia que manteve e mantém a classe e a compostura que se espera de um mandatário de um país. Chávez, ao contrário, continuou sua cruzada ensandecida, primeiro tirando seu embaixador daquele país e hoje, em resposta ao enérgico pronunciamento feito por Uribe (que segue abaixo traduzido na íntegra) domingo passado, disse que não terá mais relações com a Colômbia enquanto Uribe for presidente, alegando que Uribe é “um presidente que é capaz de mentir descaradamente, desrespeitar outro presidente ao qual é chamado de seu amigo, ao qual é chamado para ajudá-lo”.


Ok. Antes de transcrever o pronunciamento de Uribe, os convido à reflexão sobre quem “mente descaradamente”: se Chávez, que nega envolvimento com as FARC mas ofereceu cidadania a um dos membros do Estado Maior e considerado “chanceler” das FARC, Rodrigo Granda Escobar, - que vai inclusive votar no referendo de domingo com a cédula eleitoral de nº V-22942118, outorgada pelo Registro Eleitoral Permanente (REP) do CNE -, ou Uribe, que lhe joga na cara suas ligações mais que provadas com as FARC, que já têm em seu haver mais de 60.000 mortes e um sem-número de seqüestros? Cabe ainda acrescentar que Granda havia sido preso na fronteira entre Colômbia e Venezuela em 2004, numa operação conjunta entre militares da Colômbia e do DISIP da Venezuela, mas foi libertado por Uribe este ano como prova de sua boa-vontade em negociar o soltura dos reféns. Granda foi “descansar” em Cuba, as FARC não soltaram nenhum refém, e agora ele voltou para a Venezuela a fim de “ajudar” nessa pseudo-negociação.


Há muito o que falar sobre este assunto mas por hoje fico apenas com isto e o pronunciamento de Uribe que, aliás, foi feita hoje uma pesquisa para saber como ficou sua popularidade depois desse entrevero com o desesperado ditador da Venezuela e o resultado foi um nada surpreendente 80% de apoio e aprovação. Fiquem com Deus e aguardem até amanhã, com mais informações atualizadas sobre o que DE FATO está se passando na Venezuela.


Declaração do Presidente Álvaro Uribe Vélez, desde Calamar, Bolívar


“Permitam-me, compatriotas de Calamar, alterar um pouco a agenda do tema que nos ocupa, para fazer umas reflexões sobre esta declaração do presidente Chávez.


Presidente Chávez: a verdade, com testemunhas, é que a você se permitiu mediar com as FARC, como pediu. A você se permitiu reunir-se com as FARC como pediu. A você se permitiu reunir-se com o ELN. A você se permitiu que Rodrigo Granda se transferisse de Cuba para a Venezuela. E como em tantas ocasiões anteriores, as FARC voltaram a mentir, voltaram a descumprir o prometido.

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A verdade, presidente Chávez, e a verdade com testemunhas, é que quando não há argumentos e se apela para insultos, como você o faz, se afetam não somente as relações internacionais mas que, neste caso, você com seus insultos e sua falta de argumentos fere a dignidade do próprio povo da Venezuela que você representa.


A verdade, presidente Chávez, é que nós necessitamos de uma mediação contra o terrorismo e não legitimadores do terrorismo. Suas palavras, suas atitudes, dão a impressão de que você não está interessado na paz da Colômbia, senão em que a Colômbia seja vítima de um governo terrorista das FARC.


A verdade, presidente Chávez, a verdade com testemunhas, como a nossa, é que nós necessitamos que nos ajudem a superar esta tragédia do terrorismo, porém que não se aproveitem da necessidade do acordo humanitário para invocar a ajuda da Colômbia e vir à Colômbia simplesmente para intervir nela, para fomentar um projeto expansionista.


A verdade, presidente Chávez, é que se você está fomentando um projeto expansionista no Continente, na Colômbia esse projeto não tem entrada.


A verdade, presidente Chávez, a verdade com testemunhas, é que não se pode incendiar o Continente como você faz, falando um dia contra a Espanha, no outro dia contra os Estados Unidos, maltratando um dia o México, no dia seguinte o Peru, na manhã depois a Bolívia. Não se pode maltratar o Continente, incendiá-lo, como você o faz, falando de imperialismo quando você, baseado em seu pressuposto, quer montar um império.


A verdade, presidente Chávez, é que não se pode maltratar a História, não se pode manchar a memória dos heróis, desfigurando-os na demagogia popular, para desorientar os povos.


O General Santander nos deu o exemplo do apego à lei. A verdade, presidente Chávez, é que não se pode burlar a lei, como você o faz, tratando de maltratar o General Santander, para substituir a lei pelo capricho pessoal.


A verdade, presidente Chávez, a verdade com testemunhas, é que não se pode desorientar o povo interpretando mal o legado do Libertador Bolívar. O Libertador foi integracionista, porém não expansionista. O Libertador deu a independência a nossas nações, porém não lhes trouxe uma nova era de submissão. O Libertador não andava tratando de tirar do território americano a dominação européia, para impor, como você quer fazer, sua própria denominação, baseada no poderio de seu orçamento, ao povo da Venezuela e ao povo da Colômbia.


A verdade, presidente Chávez, é que o povo da Colômbia tem todo o direito de derrotar o terrorismo, tem todo o direito de aceitar mediações, porém não mediações que busquem o protagonismo político, o assenhoramento político do terrorismo.


Me preocupa muito que você, afanado por pretensões eleitorais, agora trate de apelar ao velho truque de estimular na Venezuela o ódio contra a Colômbia e contra o Governo da Colômbia, para buscar seu favorecimento eleitoral.


A verdade, presidente Chávez, é que os antecedentes de meu Governo mostram que em nossa difícil luta contra o terrorismo, temos sido respeitosos de todos os Governos e de todos os países do mundo. Apelo à reflexão, à consciência do povo da Venezuela para examinar este tema. Enquanto um Governo não é capaz de censurar às FARC, se censura injustamente o Governo da Colômbia e a contradição é que o Governo da Colômbia, enfrentando os terroristas, jamais, jamais desrespeitou o Governo da Venezuela nem o povo da Venezuela.


A verdade, presidente Chávez, é que o comunicado de ontem é sustentado por nossos antecedentes, por nossos fatos e tem testemunhas.


A verdade, presidente Chávez, é que a cada momento se conhecem novos elementos. Nosso Cônsul nos Estados Unidos, que acompanhou a senadora Córdoba (Piedad) à reunião com um dos presos pertencentes às FARC que estão nos cárceres dos Estados Unidos por causa do narcotráfico, nosso Cônsul nos informou que a senadora Córdoba falou com o preso das FARC sobre política, está bem; da possibilidade de uma constituinte na Colômbia, está bem. Tudo isso é respeitável, mesmo que não estejamos de acordo. Porém, a senadora também falou da necessidade de um Governo de transição na Colômbia.


A verdade, presidente Chávez, é que isso dá o direito aos colombianos de interpretar que na mediação, à qual você convidou a senadora Piedad Córdoba, de acordo com as atitudes da senadora e com estes comentários, essa mediação estava mais interessada em possibilitar um Governo com influência do terrorismo na Colômbia, do que em ajudar-nos a superar a tragédia dos seqüestrados e a conseguir a paz.


Desde Calamar (Bolívar), esta região da Pátria hoje tão açoitada pelas inundações, digo ao mundo que pedimos e recebemos ajuda, porém não aceitamos projetos expansionistas.


Desde Calamar, esta região açoitada hoje pelas inundações, digo ao mundo que aqui há pobreza e limitações, porém há dignidade.


O dinheiro se consegue todos os dias, mesmo que em umas nações seja mais escasso que em outras. Porém, a dignidade, o respeito ao ser social, o respeito às liberdade individuais, quando se perdem esses valores, é difícil voltar a recuperá-los.


Nós seguiremos fazendo todos os esforços para derrotar o terrorismo, para recuperar nossos concidadãos seqüestrados, porém não admitimos que se abuse de nossa tragédia para dar razão ao terrorismo.


Não admitimos que se abuse de nossa tragédia para vir incorporar a Colômbia a um projeto expansionista que pouco a pouco vai negando as liberdades que com tanta dificuldade este continente conseguiu conquistar”.


Fonte: http://web.presidencia.gov.co/sp/2007/noviembre/25/08252007.html


Comentários e tradução: G. Salgueiro

terça-feira, 27 de novembro de 2007


















Durante toda esta semana, até o domingo 2 de dezembro, data do referendum, o Notalatina vai emitir boletins sobre a situação da Venezuela, considerando sobretudo que os jornais brasileiros estão informando notícias que são repassadas pelos órgãos oficiais do governo chavista e dos “companheiros de viagem”, ou seja, transmitindo notícias falsas, mascaradas ou mesmo omitindo informações essenciais para que se possa compreender o que de fato está ocorrendo lá.



Ontem em um confronto de rua em Valencia, no estado Carabobo, um operário resultou morto por dois disparos de bala. Chávez de imediato saiu acusando a oposição pelo assassinato, afirmando que isto é uma prática recorrente entre os que lhe são contrários. Ora, isto é uma deslavada MENTIRA porque quem mora lá ou acompanha a situação política venezuelana como eu, desde 2001, é testemunha (se não presencial, mas através de fotos e vídeos) de que as “armas” da oposição são apitos, bandeiras e caçarolas.



Em um evento no Fuerte Tiuna ontem à noite, Chávez disse: “Já identificamos o assasino, porém ele forma parte dessas campanhas midiáticas envenenadas pelo livreto norte-americano”. E mais adiante: “Se eles buscam o caminho da violência, tenham a certeza de que saberemos enfrentá-los nas ruas e varrê-los como já fizemos em 13 de abril de 2002. Nada impedirá que tenhamos pátria”. E aos seus seguidores advertiu: “Devemos estar muito alertas. Já setores enlouquecidos e desesperados da oposição começaram hoje com um plano de violência nas cidades de Maracay e Valencia; lançaram agressões contra o povo e assassinaram um jovem trabalhador que trabalhava em Petrocasa, só porque reclamou que o deixassem passar (...) e havia um grupo de enlouquecidos e envenenandos fascistas que lhe meteram dois tiros e o mataram”.



Os FATOS contradizem esta arremetida insensata, como tudo que este psicopata assassino diz. Em primeiro lugar, ainda não se havia feito a perícia para determinar o tipo de projétil, e portanto de arma, que feriu de morte o rapaz e conseqüentemente, não se tinha o culpado pelo assassinato. Segundo, o tumulto ocorreu quando um grupo de pessoas se manifestava pelo NÃO próximo de onde estavam os operários quando chegou um caminhão carregado de militantes chavistas, armados até os dentes. Os desordeiros desceram no caminhão atirando e acabou atingindo o rapaz que, apesar de ser simpatizante do oficialismo, não tinha nada a ver com o caso. Entretanto, o que estes bandos de delinqüentes queriam era arranjar um vítima, fabricar um mártir para acusar a oposição e nada mais.



O que os jornais brasileiros não informam, porque não convém e o governo provavelmente não permite, é que no dia 23 pp. dois líderes estudantis da Universidade Fermin Toro foram seqüestrados em Lara por uns encapuzados vestidos de preto, que usavam uma Blazer preta sem placas, e que após interrogá-los sob a ameaça de uma pistola sobre fontes de financiamento, nomes dos estudantes que participaram das marchas que eles traziam em álbuns de fotos, os espancaram, torturaram e queimaram com cigarro, como se pode ver nas fotos exibidas. É assim que age o chavismo, em absoluto desespero, pois tanto Chávez quanto seus seguidores estão vendo que é um país inteiro que o rechaça e rechaça seus planos de implantar uma revolução comunista como em Cuba.



Também os jornais brasileiros não divulgaram que ontem à noite Chávez ameaçou o presidente da Fedecamaras (Federação de Câmaras e Associações de Comércio e Produção da Venezuela) de tomar-lhes tudo e deixá-los “sem fé, sem de, e sem câmaras”, apenas porque o presidente desta entidade disse que fariam tudo para evitar que se aprove a reforma constitucional. Diante dessas afirmações e de tudo que foi denunciado acima, será que existe dúvidas de onde parte a agressão, a violência e o “projeto de desestabilização nacional” que Chávez tanto acusa a oposição? Se ainda resta alguma dúvida, vejam este vídeo “O massacre de 11 de abril foi planejado” que traz depoimentos de militares que PROVAM a resposabilidade criminal deste elemento que acusa a oposição daquilo que ELE faz, como manda o ideário leninista.



E para concluir a edição de hoje, leiam esta nota emitida agora por Alejandro Peña Esclusa acerca de uma fraude patética e grotesca elaborada pelo próprio governo do louco Chávez, através do site oficialista “Aporrea”, que vem acusando-o de “conspiração”. Eu li o “documento” publicado neste site de extrema esquerda chavista e é tão grosseiro e primário que só dá mesmo vontade rir do que são capazes (ou incapazes e incompetentes?) de produzir pessoas loucas, à beira do desespero. Seria interessante que a própria CIA tomasse conhecimento deste “relatório confidencial” elaborado não por algum de seus agentes, mas pelos agentes do governo da Venezuela (ou seria de inspiração dos agentes cubanos que dão as cartas nos serviços de segurança do país?) que se fazem passar por eles. Leiam a nota de Peña Esclusa, fiquem com Deus e até a próxima!







***



Governo elaborou memo da CIA



Por: Alejandro Peña Esclusa








Faltando poucas horas para o referendum, o oficialismo recorreu a um ridículo mecanismo para tratar de evitar sua iminente derrota e para acusar a oposição de seus próprios crimes. Trata-se – embora vocês não creiam – de um “memorando confidencial” da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA).



Segundo este documento, obtido secretamente da Embaixada Norte-Americana em Caracas, o senhor Middleton, funcionário local, informa ao senhor Hayden, diretor da CIA, que o SIM leva uma vantagem sobre o NÃO de 13 pontos percentuais.



A “análise confidencial” da Embaixada – elaborada sem dúvida em um laboratório chavista – assegura que esta “tendência é irreversível” e que a única maneira de frear o provável triunfo do oficialismo é falando de fraude, impedindo o referendum ou desconhecendo seus resultados.


“Peña Esclusa está disseminando em todo o território nacional pequenos focos de protesto, para que gerem um clima de ingovernabilidade, permitindo culminar no levantamento geral de uma parte substancial da população”.



O documento, publicado na página Aporrea, causa tanto riso quanto a Radio Rochela* (que no momento carece de sinal aberto). Entretanto, o oficialismo pretende levá-lo muito a sério, tanto que Maripili o leu inteiro em seu programa de rádio desta tarde, depois de acusar-me, como o fez esta manhã Calixto, de ser o promotor do ocorrido ontem em Aragua e Carabobo.



Maripili anunciou uma grande descoberta. Ela viu pela primeira vez o vídeo intitulado “Como impedir a reforma?” que, desde há dois meses, este humilde servidor fez circular por meia Venezuela de maneira bastante pública e notória. Porém, ela só veio tomar conhecimento ontem à noite, quando “La Hojilla” teve a gentileza de pô-lo integralmente no ar.



Na realidade, estes gestos tragicômicos pretendem encobrir – sem nenhum êxito – o temor que o oficialismo sente pela derrota que se avizinha. Não me refiro à derrota eleitoral, porque essa se reverte facilmente com a fraude, mas a derrota popular. O Regime teme que os protestos de ontem sejam um ligeiro tiragosto, comparados com os que haverá em 3 de dezembro, se Tibisay Lucena se atrever a proclamar o triunfo do SIM.



E quanto à das Forças Armadas? Bem, Uribe já reconfirmou publicamente. Chávez é o principal aliado da guerrilha colombiana, organização terrorista que assassina e seqüestra não só na Colômbia mas também em nosso território. Os militares venezuelanos não se prestarão ao papel de reprimir os protestos pacíficos do povo venezuelano, para sustentar a ditadura do “legitimador das FARC”.



* Radio Rochela era um programa humorístico muito apreciado e popular, apresentado pela expropriada “RCTV”.



Comentários e traduções: G. Salgueiro

segunda-feira, 26 de novembro de 2007




O Notalatina traz hoje COM EXCLUSIVIDADE PARA O BRASIL, uma entrevista com o ex-espião cubano Uberto Mario Hernández, que trabalhou na embaixada cubana na Venezuela, entre 2000 e 2003, e resolveu falar à jornalista María Elvira Salazar no programa “Polos Opuestos”, da MegaTV de Miami, em junho deste ano. Hoje ele vive exilado na Flórida, depois de haver desertado.


Mario é jornalista desportivo e trabalhava na “Radio Rebelde” em Pinar del Río (Cuba) quando foi mandado para a Venezuela. Lá, ele foi trabalhar como espião na embaixada de Cuba e recebeu, por parte do governo da Venezuela, identidade, passaporte e endereço como venezuelano, com o nome de José Carlos Contrera. Dentre outras coisas, ele conta que sua função principal era espionar jornalistas opositores e repassar as informações para o embaixador de Cuba na Venezuela, German Sanchez Otero. Sobre esses documentos falsos que ele diz ter recebido não é novidade, pois aqui mesmo neste blog eu já denunciei isto inúmeras vezes, inclusive em época de eleições e referendos onde mais e mais agentes do G2 cubano chegam para dar apoio a Chávez e votar a seu favor.


A espionagem é feita não só aos opositores venezuelanos mas também aos cubanos que estão lá nas “missões” (médicos, desportistas, alfabetizadores – que são FUNCIONÁRIOS do governo). Mário conta que certo dia foi chamado ao escritório do diretor geral do aeroporto de Maiquetia, - Cel Tomás Rodríguez, que cuidava da segurança na embaixada cubana - , na cidade de Vargas, e que através de um lap top ele pôde ouvir TODA a conversa que esses cubanos estavam tendo com suas famílias na Ilha, (eles tinham direito de ligar DE GRAÇA para Cuba cuja despesa era paga pela PDVSA, ou seja, o Estado venezuelano, com o dinheiro do povo); todos eram monitorados completamente, inexistindo privacidade de informações. Os informes (“chuletas”) colhidos daí e de outras coberturas, eram enviados para a central de espionagem dos cubanos que fica no 3º andar do prédio da embaixada e de lá enviado para Fidel via mala diplomática.


Ele conta que a empresa CONEXTEL, que importa e exporta todo o material de eletrônica em Cuba, fez um acordo com o governo na Venezuela e está lá desde 19 de outubro de 2000. Todo o material que é utilizado para doutrinação e treinamento (áudio, vídeo, DVD) é feito pelo Departamento Ideológico do Partido Comunista de Cuba e elaborado pela CONEXTEL, inclusive funcionários do Instituto Cubano de Rádio e TV estiveram na Venezuela – mais de 100 pessoas – montando rádios comunitárias e serviços de escutas, como esse do aeroporto de Maiquetia. O próprio Mario montou 9 dessas rádios comunitárias, cujo objetivo é fazer doutrinação ideológica e espionar, através de delinqüentes que vivem espalhados pelos diversos bairros e que gravam conversas ouvidas de opositores, e depois entregam à embaixada cubana.


A Internet também está monitorada – leia-se CENSURADA -, sobretudo depois que a maior empresa do ramo, a CANTV, foi estatizada. TUDO o que os opositores assinantes de CANTV escrevem e que circula pela rede, é monitorado diretamente por esses espiões na embaixada de Cuba, e são mais 1.000 os infiltrados no Departamento de Segurança da Venezuela. O assessor de Chávez para a criação da TeleSur chama-se Ovidio Cabrera, que é Vice-Presidente do Instituto Cubano de Rádio e TV, ideólogo do PCC há 30 anos. Agora é possível compreender porquê a maioria dos e-mails que envio para amigos que utilizam este provedor é devolvido, com o “simpático” aviso de que a mensagem não foi entregue porque enviei spam. Vale destacar aqui, também, que este tipo de censura e monitoramento está sendo feita pelo ParTido-Estado, pois em nota recebida ontem, a jornalista Dora Kramer denunciava que os computadores dos funcionários do Ministério da Fazenda eram bloqueados pelo “comitê de segurança” a acessar a página do PSDB e de informativos sobre “política e opinião” por serem assuntos “não profissionais”. O site do PT, entretanto, é liberado. E em breve, seremos todos nós, funcionários de Ministérios ou não.


Outra informação grave, denunciada nesta entrevista, dá conta de que na ilha La Orchila há uma base de espionagem – Centro de Operações de Internet – e uma base de submarinos. Essa base usa a fachada de uma agência de mergulhos, entretanto, foi aí que se reuniram Chávez, Fidel, Sanchez Otero e outros para criar um cabo submarino que liga Cuba e Venezuela, aumentando em 2.500 vezes as comuicações entre os dois países. Isto justifica as compras de submarinos russos que Chávez fez ano passado. Cabe lembrar que todas as operações ilícitas feitas por Fidel Castro, sobretudo com relação ao narcotráfico, foram feitas utilizando submarinos em águas internacionais, daí porque o DEA sempre teve dificuldade em provar que o governo ditatorial cubano participava ativamente do narcotráfico, conforme relata Luis Grave de Peralta Morell, em seu livro “A Máfia de Havana”, ainda inédito no Brasil. Quem montou este Centro de Operações em La Orchila foi o sr. Angel Gamos, um dos últimos oficiais da Segurança de Cuba, que é filho do Coronel Cargame, delegado do Ministério do Interior (MiNint) encarregado do caso do General Ochoa, fuzilado após “confessar” sua participação no narcotráfico, coincidentemente neste caso em que o DEA não encontrou provas. Ele foi o bode expiatório escolhido para salvar a pele de Fidel e Raúl, porque o DEA estava a um passo de chegar a esta conclusão...


Mas a parte mais preocupante e grave desta bombástica entrevista é quando ele fala do recrutamento de jovens para o exercício da espionagem e militância. Ele explica que os “Círculos Bolivarianos” são formados por hordas de delinqüentes, drogados, marginais que não têm nada a perder e que agem de forma violenta e armada, conforme o Notalatina apresentou em sua última edição sobre as agressões sofridas pelos estudantes, dentro das universidades. Ex-funcionários do regime cubano estão na Venezuela dando aulas de espionagem nas “Escolas de Capacitação de Trabalhadores Sociais”, nome muito elegante para esconder seus reais objetivos. Por essas escolas já foram doutrinados e treinados durante 45 dias, mais de 5.000 jovens venezuelanos que formam hoje os “Comitês de Jovens Bolivarianos”, cujo objetivo é difundir e arregimentar adeptos à revolução bolivariana. Aqui no Brasil existem vários desse grupos que apresentam-se com o nome de “Círculos Bolivarianos”, mas cujo objetivo é o mesmo dos Comitês de Jovens, conforme pode-se comprovar através deste artigo Círculos Bolivarianos no Brasil, escrito por Carlos I. S. Azambuja para o site Mídia Sem Máscara.


É isto que está ocorrendo na Venezuela hoje e é isto que está invadindo nosso país, silenciosa e cinicamente, porque a mídia inteira se cala sobre estes crimes que provêm da união maligna entre Chávez+Lula+Castro, o “Eixo do Mal” do Foro de São Paulo, denunciado há quase uma década pelo saudoso Dr. Constantine Menges.


Será que depois de ouvir esse depoimento tão grave e fidedigno, pois o autor das denúncias foi participante direto de tudo que denuncia, os brasileiros ainda vão fica indiferentes à malignidade do ingresso definitivo de Chávez ao Mercosul? Será que os nacionalisteiros – civis e militares – ainda vão “lamentar” que alguém no Brasil não queira a ajuda de Chávez? Deixo com a consciência de cada um, julgar de que lado quere ficar: se do Brasil, com toda esta corja de comunistas no raio que os parta, ou mancomunados com a pior escória do planeta apenas para ser contra tudo (sem separar o joio do trigo) que vem dos Estados Unidos.


Aqui estão os vídeos da entrevista que juntos somam pouco mais de 15 minutos: Cuba espia na Venezuela com permissão - Parte 1 e Cuba espia na Venezuela com permissão - Parte 2. Ajudem a denunciar estes crimes!
Fiquem com Deus e até a próxima!


Comentários: G. Salgueiro