domingo, 3 de dezembro de 2006


Conforme prometi, o Notalatina lança um primeiro informe sobre as eleições na Venezuela, principalmente depois de ler as matérias dos jornais brasileiros acerca deste importantíssimo evento, não só para a Venezuela mas para o futuro de TODA a América Latina.


Infelizmente, aqui no Brasil só tenho disponibilidade de assistir à cobertura feita pela CNN em espanhol que contou com um fato extra que é o agravamento da saúde do General Augusto Pinochet. Reconheço a importância desta cobertura mas a CNN está aproveitando para não só informar sobre seu estado de saúde como para entrevistar “vítimas” e mostrar cenas da “barbárie” havida no Chile durante a ditadura do velho General. Sordidez parece não ter limites em certos órgãos de imprensa...


Sinto vergonha de certos jornais que têm o DEVER de informar os FATOS e não suas colorações políticas mas que se prestam ao papel servil de plantar mentiras, SABENDO QUE MENTEM, que DESINFORMAM, como é o caso do jornal “Zero Hora” de Porto Alegre que em matéria divulgada hoje, sob o título "Imbatível", repete pela enésima vez (e já desmentido e provado por este blog que faz aquilo que a imprensa SE RECUSA A FAZER por pura cumplicidade com o Comunismo Internacional) os resultados das pesquisas fraudulentas que dão maioria de preferência a Chávez, com 57% contra apenas 38% de Manuel Rosales.


Além de dedicar um espaço enorme a Chávez, tecendo loas aos seus maravilhosos “programas sociais” como as malfadadas “Missões”, reserva apenas um curtíssimo espaço para falar de Manuel Rosales onde o rotula de "sério e pouco expressivo" e que “não conseguiu superar Chávez”! A cegueira desta gente tem nome: CONIVÊNCIA, CUMPLICIDADE, AMORALIDADE, ESTUPIDEZ! Não passam de “companheiros de viagem” fazendo o “dever de casa” e antecipando o resultado das fraudes como denunciei aqui em edição anterior.


Assistindo aos rápidos flashes que a CNN apresenta nota-se, claramente, seu posicionamento pró-Chávez quando mostra várias imagens de seus seguidores (facilmente reconhecidos pelas camisas vermelhas), o momento em que o macaco assassino foi votar e seu pronunciamento aos jornalistas presentes logo após depositar seu voto, mas nem uma só imagem da oposição.


A parcialidade e a defesa nada disfarçada ao regime castro-chavista fica ainda mais patente quando, respondendo à pergunta de um jornalista estrangeiro (que falava meio inglês meio espanhol), o que Chávez pretendia com os acordos firmados com a Coréia do Norte e, nesse instante, uma voz se sobrepõe a resposta que ele daria, para que o público não tome conhecimento de seus planos criminosos, e em seguida Vivianne Fernández, que apresenta o programa, novamente tomou a palavra para fazer seus comentários. Ao contrário desta resposta que não foi ao ar, propositalmente, exibiram a resposta completa de Chávez ao questionamento de outra repórter sobre a possibilidade de fraude que está sendo reclamada, em que o papelzinho com o nome do candidato está saindo em branco quando o voto é por Rosales.


Chávez cinicamente afirma que “isto deve ser pelo desespero do candidato que já se sabe derrotado” e que, “segundo o CNE, as eleições estão ocorrendo com total transparência e sem qualquer problema”. Ocorre que este mesmo CNE não tem qualquer valor moral para ser garantia de coisa alguma, uma vez que (como apresentamos aqui, em edições anteriores) cadastrou pessoas com mais de duzentos anos, fora outras irregularidades aberrantes!


Num rápido momento em que mostraram Rosales respondendo perguntas aos jornalistas, ele denuncia que em 36% das zonas onde a preferência é por ele está havendo problemas, de modo especial sobre o tal papel que sai branco se o eleitor optou por ele, enquanto que nas zonas reconhecidamente chavistas só houve 5% de problemas. Será que isto é “normal”?. Novamente a apresentadora Vivianne minimiza a denúncia afirmando que “... mas, nenhum órgão de imprensa está denunciando isto”, onde fica implícito que, se a imprensa não informou é porque não é verdade! Num outro rápido flash, entretanto, entrevistam uma senhora que afirma que este fato ocorreu com ela, que pediu para votar de novo e não lhe permitiram.


O que desgasta e aborrece enormemente nessas “coberturas”, além de ver a nítida parcialidade e conivência da esquerdista CNN, é que repetem as mesmas imagens e reportagens, quando certamente muita coisa está ocorrendo nestas eleições. Sobre o desmentido de Chávez de que o papel não está saindo sem registro e que as eleições estão ocorrendo com “total transparência” já vi 6 vezes, das 10 h. a.m até agora quando escrevo estas linhas, às 15: 45 p.m.


Acabo de receber uma informação da Venezuela onde a correspondente conta que em Altagracia, no colégio La Salle, havia um reservista negro, gordo, de sobrenome “Solva” e com forte sotaque cubano e uma outra que passa o detetor de metais (aqui não existe isso!) é outra negra com cabelo cortado feito de homem que não fala mas também não tem jeito de venezuelana. Esta mesma pessoa denuncia que, ao se dirigir a dois observadores da União Européia para fazer denúncias, estes riram de sua cara e disseram: “Por que Rosales mesmo não as faz, se é que ele pode prová-las?”. A pessoa, indignada, começou a discutir e os tais “observadores” disseram que ela “tivesse cuidado porque eles era judeus” e a deixaram falando só!. Há na Venezuela 160 “observadores”, porém, a expressiva maioria deles foi aprovada pelo CNE por pertencer a partidos comunistas e/ou simpatizantes do regime castro-comunista instalado na Venezuela. Lembro que no Referendo Revocatório de agosto de 2004, estes mesmos observadores “amigos” avalisaram a mega-fraude ocorrida e que garantiu a Chávez o direito de continuar desgovernando e destruindo o país.


Outra denúncia gravíssima que me chega informa que a tal “tinta indelével” anunciada pelo CNE, que imprime os papéizinhos de votação, SAI COM ÁLCOOL OU ÁGUA SANITÁRIA, o que poderá dar margem para mais fraudes!


Voltando à CNN vejo imagens novas de Catia, que foram cortadas ou superpostas propositalmente, e que mostravam militares armados com metralhadoras nos recintos eleitorais. E eu pergunto: para que este tipo de coisa, uma vez que, segundo o governo alardeou e a imprensa vendida fez coro, tudo transcorria em clima de paz, normalidade e absoluta transparência? A guerra já começou ou esse bando de micos amestrados portam armas para intimidar os eleitores que não se apresentem com a maldita camisa vermelha?


Bem, este boletim fica por aqui, aguardado novas informações a partir do fechamento das urnas e começo da apuração dos votos. Divulguem estas informações porque é necessário desmascarar a farsa que está sendo montada de uma mega fraude para dar a vitória àquele que quer perpetuar-se no poder indefinidamente. Nenhum jornal brasileiro está informando isto mas aqui estão registrados para, futuramente, provar a cumplicidade da mídia nacional e internacional na manutenção do comunismo em nosso continente sul-americano. Fiquem com Deus e até a qualquer momento!


Comentários: G. Salgueiro



Conforme o Notalatina anunciou em sua última Edição Extraordinária, estamos em estado de Alerta Vermelho com a crítica situação da Venezuela, a poucas horas das eleições presidenciais. Neste boletim extra de hoje não quero comentar muito mas apenas traduzir uma matéria que recebi ontem e que só vem confirmar o que já venho denunciando neste blog: o desespero de Chávez com a possibilidade de ser defenestrado amanhã é nítido e, para isso, ele vem preparando sua milícias há tempo.


O que vocês vão ler é a confirmação, pela boca dos bandos terroristas “Carapaica” e “Tupamaros” (estes são apenas alguns de muitos outros que têm apoio oficial), que desde o início da era Chávez vêm aterrorizando o país e matando por puro prazer. São, conforme instruções do mega-assassino Guevara, verdadeiras “máquinas de matar”. Que Deus proteja aquele bravo povo que só deseja ordem, segurança, liberdade, paz e progresso em seu país. Fiquem com Deus e até a qualquer momento.


Comentários e tradução: G. Salgueiro

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Os ultra de Chávez: “Se for preciso fuzilar, se fuzila”


Junto ao palácio presidencial de Miraflores, em pleno centro de Caracas, aguardam com suas pistolas e seus fuzis Kalashnikov os guerrilheiros do chavismo. São civis, provavelmente armados pelo movimento bolivariano no poder e com longa tradição de violência na Venezuela.


“Somos o Movimento Revolucionario de Liberación Carapaica. E eu, o Comanadante Murachí”. Treze guerrilheiros armados até os dentes exibem seu poderio no coração de Caracas. E com os dentes muito afiados: metralhadoras, bazucas, fuzis de assalto, pistolas e granadas. São o braço armado do chavismo, o músculo mais radical do presidente Hugo Chávez, que tem seu feudo eleitoral nos bairros centrais e nos ranchitos, as favelas da enlouquecida Caracas. Estão dispostos a dar sua vida pela Revolução Bolivariana. Hoje puseram o capuz (feito aqueles dos ninjas) que os tornou tão famosos quanto temidos. Querem ditar sua doutrina de cara com as eleições de 3 de dezembro na Venezuela.


Após duas semanas de negociações, os guerrilheiros de Chávez compareceram ante as câmeras de Interviu, mesmo que não se possa vê-los. Várias bandeiras e a escurdão do andar escolhido, escondem sua localização. Tudo sob controle em seu território: bairro 23 de Janeiro, Caracas, bastião da Revolução.


“Chávez deve superar os 10 milhões de votos para anular as pretenções de derrotar seu governo”. O comandante ajusta os óculos que sobressaem da abertura de seu capuz. Soa a canção “Comandante”, a que Carlos Puebla compôs em honra de Che Guevara, a qual se ouve tantas vezes nos cafés turísticos de Havana. Murachí soltou o verbo. Os Carapaicas já têm pronto seu plano B, ante a “sabotagem eleitoral” que poderiam estar preparando, segundo o jargão chavista, os ultra-direitistas, os traidores, a CIA e o Mossad: “Distribuimos instruções para a defesa cívica. Há setores militares e políticos que utilizam o povo. Tomaremos o oeste de Caracas e nos entrincheiraremos junto ao povo e se aparecer um tanque da Guarda Nacional, não poderemos saber de que lado está. Teremos que atirar”.


Carapaicas, chirinos, Frente de Resistência Popular Tupamaro, os Montaraz... São trinta organizações e 2.000 homens armados que formam as milícias urbanas do bairro 23 de Janeiro. A Polícia Metropolitana e a Guarda Nacional já conhecem seu poderio guerreiro, demonstrado em datas-chave da nova Venezuela, desde o frustrado golpe de 11 de abril de 2002 até as grandes marchas, ou manifestações de rua. O germe rebelde cresce neste bairro desde há décadas. Sua aparição formal remonta a 1989, quando o caracaço contra Carlos Andrés Pérez converteu-se em um ensaio de revolta revolucionária. O falido golpe posterior de Chávez consolidou a milícia urbana, que nunca deixou as armas.


Só no 23 de Janeiro se pode entender a existência destas milícias. Trinta e oito super blocos de até 450 apartamentos e 42 edifícios menores se levantam imponentes, como dinossauros de cimento, a poucos metros do palácio presidencial de Miraflores. Foi o ditador Marcos Pérez Jiménez que idealizou tamanha aventura urbanística. A queda do ditador provocou a tomada dos apartamentos que foi “batizado” com a data do derrocamento. Assim começava a história rebelde de 23 de Janeiro, zona subversiva de 110.000 almas sempre opostas aos governos da denominada IV República. Assaltos, repressão, torturas... Impossível aplacar com a violência oficial um bairro que em 1971 acolheu um cadete da Academia Militar. Chamava-se Hugo Chávez. Em suas ruas cresceu sua ideologia, enquanto buscava amores com as melodias rebeldes do cantor esquerdista Alí Primera. Desde então, há anos, o bairro canta sua própria canção: “Há fogo no 23, no 23...”.


O cordão umbilical entre Chávez e o 23 tem-se esticado até hoje. Após fracassar seu golpe de 92, o líder revolucionário se entrincheirou em um quartel do bairro antes de render-se. Quando, uma década depois houve outro golpe, porém ao contrário, com Chávez na cadeira presidencial, o bairro inteiro liderado por seus tupamaros se lançou nas ruas para recuperar o poder perdido.


No super bloco de Sierra Maestra, batizado pelo próprio Fidel Castro em sua visita a Caracas após tomar Havana, todo mundo vota em Chávez. É o centro de ação da Frente de Resistência Tupamaro. Com Joaquín Guerra, um de seus militantes, o verbo se endurece: “Não acreditamos na revolução democrática. Nós apostamos na Revolução, com letra maiúscula, e se for preciso fuzilar, se fuzila”. As ruas se abrem à sua passagem e de seus companheiros. Gaguillo é outro deles. Os Tupamaros ganharam o respeito de seus vizinhos após anos de batalha contra narcos, malandros e os próprios policiais, que só acodem ao 23 de Janeiro em contatos excepcionais. “Os achamos corruptos. Muitas vezes os policiais são os próprios malandros”, clamam em uníssono os Tupamaros. Entre eles se comunicam por rádio para não ceder o controle de seu bairro, que tanta luta, combate e mártires tem custado. Como Omar Pinto (assassinado pela gang), Sergio Rodríguez (morto pela Polícia) e William Villamizar (falecido em combate na Colômbia, quando fazia parte das FARC), imortalizados em um mural de uma das paredes da Sierra Maestra.


E não são os únicos. Os mais recentes heróis do bairro são Diego Santana e Warner López, militantes do bando “La Piedrita”, assassinados em junho quando assistiam um jogo de futebol de salão. “Só tinham 18 anos. Foram metralhados pelos sicários de Pinto” (líder de um partido Tupamaros contrário aos coletivos de 23 de Janeiro), lamenta-se Nelson Santos, criador de muitos murais que gritam nas ruas do bairro.


- Essas mortes ficarão impunes? [Pergunta o repórter].


Estamos esperando.


Entretanto, sua lembrança já está impressa, junto ao Che, em uma parede. O bairro reivindica seus símbolos em forma de murais; setenta deles nasceram dos pincéis de Nelson.


No 23 de janeiro não se exalta só os ícones da Revolução. Desconhecidos como José Leonardo Chirinos também tem seus seguidores. Este escravo zambo (afro-índio) viajou ao Haiti durante o levante dos escravos negros do XIX e depois estendeu a revolução ao continente americano. Séculos depois, cem militantes o homenageiam com o rosto coberto por seus paninhos vermelho e branco. Luis Baute, de 19 anos, é um de seus líderes. São os milicianos mais jovens. A maioria passou meses nas fábricas de pensamento de Cuba. “Nosso trabalho é social, cultural e político. Damos segurança e também lutamos contra a vadiagem e as drogas. Absorvemos alguns chavos [jovens] e os incorporamos em nossos programas sociais. E se os narcos sobatam nossas atividades, nos defendemos. Porém, não perdemos de vista quem é nosso verdadeiro inimigo: o Império!”.


Baute, Cristian, Keny, Eduardo, José, Yesenia (a única moça) e os outros chirinos posam para a última foto enquanto entoam seu hino, que termina com outro clássico: o velho slogan castrista “Pátria ou morte. Venceremos!”. Estas pátrias de hinos não duvidam em tragar seus filhos mais jovens.


Ninguém chama Lisandro Pérez por seu nome verdadeiro. Para todos é Mao [na foto com camisa da campanha de Chávez], pseudônimo herdado de sua luta tupamara. Hoje é o chefe civil do 23 de Janeiro, a máxima autoridade em um bairro onde a polícia foi expulsa a patadas. “Reivindico o pensamento de Mao. Nossa luta é frontal, não damos trégua. Nós vamos ao combate, somos como os fundamentalistas islâmicos.


Mao mantém o modus operandi de seu passado Tupamaro: “Os traficantes de droga, auspiciados pela CIA, são nosso maior inimigo. Quando identificamos os vendedores, os exortamos para que deixem de vender. Se não o fazem, procedemos militarmente e os agarramos. E a comunidade que decida. Se lhes aplica um julgamento popular”.


O comandante Murachí finaliza a esperada alocução respondendo ao jornalista:


- Se Rosales ganhasse nas urnas em 3-D, que medidas vocês tomariam?


“Nós temos a capacidade de defender este país. Aqui já estão os paracos (para-militares colombianos). Tomaremos o oeste de Caracas para convertê-lo em terra liberada”. E outra vez soa o hino do bairro, a canção tantas vezes escutada; impossível esquecer-se dela: “Há fogo no 23, no 23...”.


Reportagem: Daniel Lozano. Foto: Lurdes R. Basoli. Interviu-Zeta (Espanha). Fonte: Noticias 24


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E eu já estava fechando a edição quando recebi esta última notícia sobre as ameaças propostas pelas milícias chavistas, que complementam a matéria acima e que traduzo parte dela. A notícia completa vocês podem ler aqui.

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As milícias chavistas ameaçam com violência


Caracas, 3 de dezembro – Há dias o miliciano Lisandro Pérez, Mao, e seus lugar-tenentes visitam os domicílios dos opositores contra-revolucionários para adverti-los de que não lhes ocorra se amotinar nas ruas quando o presidente ganhar as eleições. “E, certamente, que ele vai ganhar este domingo. Aqui ninguém nos derruba o processo”, assegura Pérez, fundador da Frente de Resistência Popular Tupamaro.


Do mesmo modo que o 23 de Janeiro, grupos de choque do governamental Movimento Quinta República (MVR), espreitam em todo o território nacional as sedes opositoras, que falam de uma fraude eleitoral que ainda não está acabada. As milícias atuarão se receberem a ordem de fazê-lo.