segunda-feira, 1 de maio de 2006


Quando decidi criar o Notalatina, em setembro de 2002, fazia-o movida pela necessidade imperiosa de revelar as atrocidades que o ditador Fidel Castro cometia contra os cubanos que não pertenciam ao regime, considerando que a imagem que chegava até nós (naquela época, ainda de forma discreta; hoje escancarada) sobre a ilha caribenha era a de um “paraíso”, que o modelo “socialista” adotado pela revolução oferecia um excelente padrão de vida aos seus habitantes, sobretudo no que se refere à saúde e educação.


Isto, entretanto, contrastava enormemente com as informações que eu recebia em quantidade incalculável, de modo especial com relação aos presos políticos que na altura ultrapasavam os 300 (que se tinha registro), bem como a vida miserável que levavam aqueles cidadãos não pertencentes à Nomenklatura.


Estávamos no auge da campanha presidencial e o atual ocupante da cadeira planaltina crescia nas pesquisas, sempre exaltando os “logros da revolução cubana”. Minha preocupação era, tanto naquela época quanto hoje, tentar alertar as pessoas do quão maligno seria para o Brasil a vitória deste infeliz que pretendia “importar” a revolução, mas o que consegui foi apenas o desgaste pessoal e pechas nada delicadas a respeito de minha insistência em denunciar crimes ocorridos numa ilha que “nada tinha a ver conosco”.


Das denúncias sobre os presos políticos cubanos passei a denunciar a fonte e raiz de todo o mal, uma agremiação comuno-terrorista chamada Foro de São Paulo, que só era mencionada pelo filósofo e jornalista Olavo de Carvalho e por alguns articulistas Mídia Sem Máscara, inaugurado um mês antes do Notalatina. Ninguém dava crédito sequer à existência do Foro, muito menos às denúncias que fazíamos a respeito de seus projetos de dominação do Poder total do comunismo na América Latina.


Mas, o tempo é o senhor da razão e, desde a posse do sr. da Silva as coisas começaram a mostrar sua real feição, quando o mundo viu o Abutre do Caribe (Fidel Castro) ser recebido com pompa e circunstância no mega-espetáculo. À posse veio também aquele que integraria o Eixo do Mal, que estas mesmas pessoas denunciavam, o golpista assassino Hugo Chávez, presidente da Venezuela e que, do mesmo modo, era visto apenas como um “bobão”, um “bufão”, um “sargentão sem modos”, um “populista inofensivo”.


Continuei minha cruzada de denúncias, agora acrescentando notícias de uma Venezuela convulsionada pelo caos que o comunista Chávez havia criado, divulgando, inclusive, uma carta de alerta ao povo brasileiro do venezuelano Alejandro Peña Esclusa (quem quiser lê-la é só buscar nos arquivos do Notalatina constantes ao lado, nas primeiras inserções do ano 2002), sobre o risco de se eleger o sr. da Silva, cuja candidatura era parte das diretrizes do Foro de São Paulo.


Durante todos esses anos não fiz outra coisa que denunciar a situação calamitosa e desumana que padece o povo cubano “a pé” e os crimes cometidos contra os presos políticos que não recebem a mais mínima atenção ou denúncia, sobretudo dos órgãos de imprensa brasileiros, mas passei a dar mais ênfase à situação da Venezuela que a cada dia se cubanizava mais, mais direitos eram cerceados do povo, mais leis restringindo as liberdades individuais, mais assassinatos, perseguições e prisões de jornalistas e opositores, expropriações abusivas no campo e na cidade, desemprego e miséria em escala jamais vista, principalmente num país rico como aquele nosso vizinho.


E o nosso povo envolvido com os escândalos de “mensalões” e “corrupção” no governo petista, não relacionava nada disso às estratégias do Foro de São Paulo, até que a ficha começou a cair, muito suavemente, quando uma escola de samba do Rio homenageou Simón Bolivar, herói venezuelano, regada a petrodólares bolivarianos e, por pura “coincidência”, saiu-se vencedora. Em seguida, Chávez começa a aparecer em eventos promovidos pelos “movimentos sociais” fazendo escancarada campanha para reeleger o sr. da Silva; isto parece ter sido “a gota d’água” para tirar da letargia uma certa parcela da população de que “assim já é demais!”.


Ok; vamos aos fatos. Nada do que se está assistindo hoje, no Barsil, é novidade. Tudo isto vem sendo implementado ao longo dos 15 anos de existência do Foro de São Paulo que o PT e “seu” Lula sempre negaram a existência, mas que agora começa a dar seus frutos de “conquistar na América Latina o que perdeu-se no Leste Europeu”, com as “vitórias” de vários comunistas aos governos de países da América Latina. O primeiro foi Chávez, seguido de Lula; veio depois Néstor Kirchner, Tabaré Vázquez, Evo Morales, Michele Bachellet e em breve teremos Ollanta Humala (Peru) e Daniel Ortega (Nicarágua). Desde o ano passado que anuncio estas vitórias como certas, (bem como a de Lula, em 2002 e muito provavelmente à reeleição), porque tudo isto estava determinado pelo Foro de São Paulo!


As estratégias do PT confudem-se com as do Foro de São Paulo, até porque o PT foi o seu criador, e isto fica muito claro, até mesmo para leigos, quando comparamos os documentos sobre estratégia de um com o de outro. Portanto, que ninguém se espante com a afrontosa intromissão do gopista Chávez nas eleições presidenciais brasileiras, peruanas, mexicanas ou nicaragüenses, pois TODOS eles farão isto uns pelos outros.


Nesse último fim-de-semana o PT teve o seu 13º Encontro Nacional, onde foram debatidos vários assuntos de ordem interna mas o tema principal foi a reeleição do atual ocupante da cadeira palaciana. E para demonstrar mais uma vez, com total clareza, aquilo que sempre afirmei e jamais me omiti de qualificar, exponho aqui as provas de que o PT é um partido comunista (eles usam o termo socialista por ser menos “agressivo”), internacionalista, (portanto apátrida e que não pensa no bem da Nação mas em cumprir os objetivos do partido), que o Foro de São Paulo existe e é quem dita as regras para a tomada do PODER na América Latina.


As citações que agora exponho fazem parte dos vários documentos elaborados para este encontro, trechos do discurso de Lula na abertura do evento e das decisões finais. Penso que esta edição talvez seja a mais séria desde que criei o Notalatina e, portanto, peço aos que o lerem que o façam com a atenção e a seriedade que o caso requer e, se quiserem conferir o que aqui transcrevo, busquem diretamente na home page do PT que vão encontrar lá, o que foi deliberado por eles para o futuro do nosso país


Mas, antes de fazer as transcrições, quero convidá-los a assistir um vídeo, com exclusividade do Notalatina que me foi enviado por “NetforCuba Internacional”, sobre a situação da Venezuela sob a ditadura de Chávez. Vejam com atenção como se encontra aquele rico país depois da implantação do castro-comunismo, de como este abjeto ditador esbanja o dinheiro do povo ofertando a outros governos comunistas como a Evo Morales, que foi “presenteado” com 30 mil dólares, ou a Cuba, que hoje recebe 53 mil barris diários de cru e, incoerentemente, a Venezuela está tendo que importar da Rússia 100 mil barris de petróleo para suprir as necessidades do país, quando a Venezuela é o 5º país maior produtor de petróleo do mundo.


Comunismo é isto. E é isto que quer o PT de “seu” Lula para nós. Vocês vão deixar? É uma miséria como a de Cuba e da Venezuela que vocês vão permitir implantar no nosso belo e rico Brasil? Acessem este link http://www.noticierodigital.com/forum/viewtopic.php?t=73334&
e assistam o vídeo “A Venezuela é uma ameaça real” em 5 etapas consecutivas, reflitam e façam a sua parte. Eu estou fazendo a minha. Fiquem com Deus e até a próxima!


Comentários: G. Salgueiro


Fontes: http://www.netforcuba.org/ e http://www.pt.org.br/


“Enquanto partido socialista, o PT almeja que esta superação se dê num sentido anti-capitalista. Mas a luta contra o neoliberalismo assume múltiplas formas, responde a diferentes estratégias e assume ritmos ditados não por nossa vontade, mas sim pela correlação de forças em âmbito nacional e internacional”.

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“Um dos desafios das forças progressistas, democráticas, populares e socialistas na América Latina está justamente em ampliar sua força e cooperação política, social e institucional, utilizando a presença no governo para construir um modelo alternativo, que nos liberte da ditadura do capital financeiro e das ameaças políticas e militares dos Estados Unidos”.

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“Este desafio estará sendo enfrentado em vários terrenos: na construção da integração continental, em oposição aos acordos bilaterais com os Estados Unidos; na atuação dos governos de esquerda e progressistas; nas eleições que vão ocorrer em vários países latino-americanos; na mobilização e nas lutas sociais; na elaboração de uma política de segurança para a região, que impeça a militarização dos conflitos, bem como a instalação de bases militares dos EUA; no apoio a Cuba contra o bloqueio norte-americano; e também no acompanhamento da situação interna dos Estados Unidos, onde o fundamentalismo político e religioso precisa ser derrotado”.


“A existência e as ações desenvolvidas pelos governos da Argentina, Brasil, Cuba, Venezuela, Uruguai, Bolívia, bem como a força que a esquerda socialista, setores progressistas e anti-neoliberais demonstram ter em países como Chile, Peru, El Salvador, México e Nicarágua, mostram que estão se criando as condições para impor uma derrota de conjunto ao neoliberalismo em nosso continente”.


“Por isto mesmo, o PT deve ampliar sua atuação na América Latina, sem que isso impeça nossa presença ativa na África, Europa e Ásia, nem tampouco nossa participação ativa junto ao chamado movimento altermundista, expresso principalmente no Fórum Social Mundial”.

“No caso da Nicarágua (eleições presidenciais em novembro), o PT presta apoio decidido à Frente Sandinista. Esta última tem condições de eleger Daniel Ortega para a presidência do país e vem sendo brutalmente atacada pela direita local e pelo governo norte-americano”.


“No caso da Colômbia, com eleições marcadas para maio, ao mesmo tempo em que prossegue a confrontação armada (entre o governo, o narcotráfico, os paramilitares e diversas organizações guerrilheiras), cresce a resistência política e social civil, que esperamos se traduza na votação de uma candidatura de centro-esquerda, contra a candidatura do atual presidente Álvaro Uribe”.


“Outro país com eleição prevista para 2006 (junho) é o México, onde há três candidaturas disputando com chances a presidência do país: uma do PAN, outra do PRI e outra do PRD, Lopez Obrador, apoiada pelo PT”.


“Os grandes problemas que enfrentamos, bem como as soluções que propomos para eles, têm uma clara implicação internacional. Se isto já era verdade quando o PT foi criado, em 1980, tornou-se ainda mais verdadeiro hoje em dia”.


“Isto impõe ao nosso Partido um duplo movimento. Por um lado, aprofundar nosso conhecimento e análise teórica acerca do capitalismo moderno, tanto no sentido econômico quanto político-social. Por outro lado, aprofundar a prática internacionalista do Partido, nos vários sentidos desta palavra: a solidariedade, as relações com organizações comprometidas com o socialismo e com outra ordem internacional, a mobilização interna e externa em torno de temas de nosso interesse, a ação parlamentar e de governos no plano internacional”.


Diretrizes de Programa do Governo:


“8. Estabelecemos diálogo importante com e do mundo árabe. Impulsionamos um eixo Sul-Sul, ao definir fortes relações com a África do Sul, Índia, China e Rússia. Mas, sobretudo, levamos adiante consistente processo de integração na América do Sul, reforçando o Mercosul, participando ativamente da criação da Comunidade Sul-americana de Nações e estendendo nossa presença em toda a América Latina e Caribe”.


“10. ... O socialismo petista – nosso horizonte estratégico – é uma construção histórica e não um objetivo abstrato a ser atingido”.


Trecho do discurso de Lula:


“Hoje digo sem medo de errar a qualquer economista, a qualquer crítico de direita ou de esquerda: precisamos preparar um caminha sem volta, que não tenha retorno”.


“Nós não podemos errar. Se tem um lugar no mundo com experiência de golpe, é na América Latina”.


“Nós não representamos nós. Não estou na política por mim”.


Plano de trabalho da Secretaria de Relações Internacionais:


“Item 8: aprofundar a prática internacionalista do Partido, nos vários sentidos desta palavra: a solidariedade, as relações com organizações comprometidas com o socialismo e com outra ordem internacional, a mobilização interna e externa em torno de temas de nosso interesse, a ação parlamentar e de governos no plano internacional.


Ítem 28: Este é o motivo principal pelo qual o PT seguirá investindo suas energias na existência e consolidação do Foro de São Paulo, organização criada em 1990.

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